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2012/10/15

Iliteracia política 

A deficiente e desadequada percepção do fenómeno político continua a gerar, não só entre o "povo" mas também entre os políticos, flagrantes contradições nas ideias e no discurso.

A última grande evidência disto foi a ideia e o discurso peregrino de que a política reincidente do governo de Passos Coelho no aumento "enorme" de IRS é uma política neoliberal, e que, portanto, o caso avia-se culpando o liberalismo, que eles chamam "neoliberalismo". Trata-se de um erro crasso de ciência política, em que se compreende que a esquerda (PS, PC e BE) queira deliberadamente incorrer por uma questão de cinismo e de sacudir a água do capote para culpar os outros, mas incompreensível nos políticos do PSD e do CDS. A não ser que estes não saibam o que é o liberalismo nem o socialismo, isto é, não saibam distinguir a mão esquerda da mão direita.

Qualquer pessoa que estude o mínimo de ciência política sabe que a política seguida pelo governo de Passos Coelho de aumentar e voltar a aumentar impostos sobre rendimentos do trabalho e das empresas para tapar buracos financeiros a fim de aguentar o imperativo ideológico de um Estado intervencionista e cada vez mais pesado, desenhado ao sabor de uma constituição "a caminho do socialismo", é socialismo puro, e nada mais.

Se o governo de Passos Coelho fosse neoliberal não aumentaria prioritariamente o IRS, mas sim reduziria para o necessário a despesa pública, isto é, do Estado, e com ela o poder do mesmo Estado. O que acontece é que tomar esta última opção obrigaria o governo a enfrentar-se mais ainda com a função pública, com a poderosa CGTP e com os interesses instalados na máquina de sucção do Estado, que, como sabemos, não são poucos nem claros.

Ao reincidir em mais aumentos de IRS, Vítor Gaspar escolheu sacrificar o sector privado, como aquele onde irá provocar mais desemprego nos anos seguintes, em favor do sector público, que deverá ser bem mais poupado a esse fado. Se isto não é socialismo...

Dizer que o governo de Passos Coelho é neoliberal demonstra duas coisas. Cinismo da parte da esquerda, que sabe bem o que é o socialismo, e estupidez, ignorância e incompetência da parte do PSD e do CDS. Bem sabemos os complexos do PSD e do CDS para se demarcarem da esquerda.

Se o governo de Passos Coelho é neoliberal e não é socialista, então o socialismo não existe.
Seja como for, isto já não vai lá apenas como mudanças de governo e de governantes, porquanto se vê, mais uma vez, que são todos iguais.

O grande problema do País não é só o governo A ou o governante B. É o regime. Esse é que tem que mudar.

manuelbras@portugalmail.pt

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2012/10/01

O Inverno Árabe 


Um filme injurioso contra Maomé lançado no youtube, por gente anónima, foi tomado por alguns ou muitos muçulmanos como tendo origem na América ou feito por americanos. Que razões os levam a acusar um país inteiro por algo que qualquer meia dúzia de artistas pode fazer, na América como em qualquer outra parte do mundo, contra Maomé e o Islão? Isto só tem explicação se o filme for o pretexto para destilar o ódio a um inimigo previamente estabelecido. É o caso. Por mais que Barack Obama e Hillary Clinton afirmem que os EUA nada têm a ver com o filme, que o condenam, e que, por imposição constitucional, respeitam todas as convicções religiosas.

Este filme, pelas reacções violentas que desencadeou e continua a desencadear - por quanto mais tempo? - pode ter antecipado o Inverno árabe. É que, com as missões diplomáticas americanas, e de mais alguns países ocidentais, encerradas em países maioritariamente islâmicos, com medo de atentados e ataques que proliferam sem freio perante forças de segurança impotentes - ou coniventes? - o Inverno pode ter chegado. E, com ele, um novo tipo de relação entre o Ocidente e o mundo islâmico... sem missões diplomáticas. E tudo por causa de um filme clandestino.

Vamos ver. Os próximos meses podem-nos reservar coisas interessantes nesta matéria.

Mas, o mais ridículo no meio disto tudo é constatar a compreensão e o silêncio da "comunidade internacional" perante tamanha onda de violência levada a cabo por grupos muçulmanos. Se os visados no filme fossem os cristãos, e depois houvesse protestos, aí já a "comunidade internacional" acharia fanatismo e ataque à liberdade de expressão.

O medo faz maravilhas.

manuelbras@portugalmail.pt

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O azar de Passos Coelho 

Para além da dureza, e em certos casos insensatez, das medidas de austeridade, que atingem especialmente as classes média e mais desfavorecidas, tem sido também apontado como factor de descrédito do governo a sua péssima comunicação, isto é, como já aqui foi dito, o governo continua a ser, cada vez mais, um desastre comunicativo. Eu diria que este último factor até é o mais importante e o que mais pesa na imagem, cada vez pior, menos credível, que o governo ganha junto dos portugueses. A TSU foi mais um pretexto de peso.

Passos Coelho teve azar porque descuidou, tem descuidado, a comunicação. Se ele tivesse contratado para porta-voz do governo José Sócrates ou Barack Obama, podem ter a certeza que, perante o panorama de futuro aberto pela retórica de qualquer um destes dois oradores, os portugueses não só compreendiam os 18% de TSU, como até desejariam pagar 25% ou 30%.

É tudo uma questão de palavras.

manuelbras@portugalmail.pt

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A culpa é do capitalismo 

O momento é de crise. Na política actual o medo e a culpa são dois pilares incontornáveis. O medo é de mudar. O sucesso das manifestações anti-troika e anti-austeridade vem do medo de mudar, vem precisamente da percepção de mudanças indomáveis, e não, como se diz, da vontade de mudar. As pessoas manifestam-se como reacção às mudanças, que se prevêem desfavoráveis.

E a culpa, segundo a narrativa dominante, é do capitalismo. O mais fácil é atribuir a culpa aquele sistema económico, que terá os seus defeitos, porque não há nenhum sistema perfeito, que tem alimentado o Estado social, pelos vistos de forma insuficiente, tal é a voragem das dívidas estatais. Mas, evidentemente, aqueles que acusam o capitalismo de culpa têm toda a razão, que se explica numa equação muito simples:

Capitalismo = políticos incompetentes

manuelbras@portugalmail.pt

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Ilusões, expectativas e manifestações 

Ninguém será demasiado ingénuo na política portuguesa para acreditar que as manifestações contra as medidas de austeridade, independentemente do seu acerto ou desacerto, não têm por trás uma organização experiente, uma mão invisível, que é tudo espontâneo, como se em política alguma coisa fosse espontânea. Para quem quiser estudar o fenómeno, basta olhar para as palavras de ordem, para as sequências de acontecimentos diante das forças policiais, os crescendos e decrescendos de provocação e violência, os passos para a frente e para trás, tudo é estudado e organizado ao milímetro. Não é obra de inexperientes imbuídos de espontaneidade.

No entanto, e até que as pessoas, perante o peso da dura realidade, deixem de acreditar que as manifestações trazem mais trabalho, reduzem a dívida pública e fazem baixar os impostos, importa perceber que a adesão de muitas pessoas a estas "formas de luta", que estavam moribundas desde o estertor do PREC, corresponde a uma ilusão colectiva que criou expectativas talvez hoje impossíveis de cumprir, após quase 40 anos.

Nos momentos de crise a percepção que as pessoas têm da política e dos políticos vem mais ao de cima que nunca. A ilusão de muitos portugueses consiste em considerar o Estado como uma espécie de divindade, uma entidade que nos protege a todos, de quem devemos esperar tudo, alguém em quem se tem uma confiança absoluta, mais até do que na própria família. Muitos portugueses consignam ao Estado tudo ou quase tudo, eles esperam tudo ou quase tudo do Estado e acham que o Estado pode e deve substituir tudo ou quase tudo, incluindo a família.

A histeria actual a respeito do Estado social vem de que muitas pessoas já perceberam que o Estado não vai poder corresponder às suas expectativas de lhes proporcionar emprego vitalício, educação, saúde, pensões, reformas. Mais: num momento em que a população está fortemente envelhecida, muitos idosos na solidão a carenciados de apoios, cada vez há menos jovens e cada vez nascem menos crianças, pretende-se subir as contribuições sociais, não para melhor garantir as pensões no futuro, coisa que está crescentemente em risco, mas sim para alimentar as dívidas do Estado, precisamente desse Estado de quem muitos portugueses esperam milagres. O curioso é que são esses mesmos portugueses que acreditaram no Estado social aqueles que agora mais se opõem à subida da TSU para o ajudar a sobreviver. Por uma razão muito compreensível: os aumentos de contribuições não se destinam a pensões, mas a pagar dívidas acumuladas pela incúria e incompetência de sucessivas gerações de políticos e governantes de um País que teima em ser ingovernável. Pelo menos...

Muitos portgueses começam agora a perceber que esse Estado com que sonharam não existe, estão agora a perceber como foram enganados ao longo de décadas por políticos habilidosos e ávidos de votos.

Coitados daqueles que acreditaram no Estado social, não se importaram com a sua família e não pouparam, ficando agora nas mãos de um gigante falido.

Pode-se sair daqui e levantar a cabeça? Talvez, mas não com os políticos da AR.

Falta uma coisa muito simples: as virtudes.

manuelbras@portugalmail.pt

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2012/09/18

Uma sequência para o futuro 


aqui expusemos a leitura de Vladimir Bukovsky, assente em factos políticos, de que a União Europeia se está a tornar numa União Soviética com capital em Bruxelas, augurando igualmente a queda da União Europeia, à semelhança do que aconteceu com a União Soviética. É por isso que ele assevera: nós já vivemos o vosso futuro. É claro que, assim como os burocratas do PC soviético garantiam no dia anterior à queda que a URSS estava firme, os burocratas de Bruxelas garantem que a UE está firme. Até quando?

http://www.youtube.com/watch?v=bM2Ql3wOGcU

Se Barack Obama vencer as eleições de 6 de Novembro, o que é mais provável que o contrário, pode muito bem vir a acontecer, em virtude disso, que a União Europeia esteja já a viver o futuro da América.

Uma sequência deveras sugestiva.

manuelbras@portugalmail.pt

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2012/09/17

Protestos e ilações 

As manifestações e protestos que recentemente marcaram presença em várias cidades portuguesas têm, pelo menos, a virtude de mostrar o que as pessoas pensam do sistema e quais as suas expectativas. É claro que tornam também possível a percepção de como as promessas da esquerda dominante e as expectativas das pessoas em relação ao Estado nada mudaram nos últimos 40 anos.

Bem podem dizer que as manifestações foram apartidárias, mas basta ver os pormenores de organização, palavras de ordem, acidentes e incidentes, gente em acção de cara tapada, para perceber que ali há núcleo duro e a mãozinha de profissionais de partidos e sindicatos. As manifestações que se viram, sobretudo em Lisboa e no Porto, obviamente, não surgiram espontaneamente nem tiveram origem em gente inexperiente. O facto do protesto ter acontecido em dia 15, à semelhança de outros em dia 15 já ocorridos em Portugal e noutros países europeus é algo de muito sugestivo...

Não vale a pena dizer que houve gente de "direita" que também se associou ao protesto, porque em Portugal não há direita capaz de fazer protestos e manifestações destas. Algumas pessoas de direita podem ter ido atrás, como sempre, mas não controlaram o processo.

Digamos que a dureza do momento, em que a insensatez e a inabilidade desse desastre comunicativo que é o governo se cruza com o inferno sindical, fez com que muitas pessoas fossem atrás.

Os portugueses continuam à espera de um Estado que lhes dê tudo ou quase. Os políticos, em nome do Estado, continuam a prometer tudo ou quase. Passos Coelho governa como um verdadeiro socialista: impostos, impostos, mais impostos, para esse sorvedouro que é o Estado social, insustentável, à custa de quem produz riqueza para alimentar o que produz défice e dívidas. José Sócrates não faria melhor. Os vários estatalistas estão furibundos: Passos Coelho roubou-lhes a receita. Mas, como já sabemos, um Estado que promete tudo é um Estado que pode tirar tudo.

Alguns dizem que é preciso um novo 25 de Abril. Para quê? Para daqui a 38 anos voltar ao mesmo? Além de que a História não se repete, em 1974 o novo regime tinha muitos tachos na administração pública e no Estado para dar aos partidos, os cofres do Banco de Portugal estavam cheios e a situação económica e financeira era bem mais favorável, enfim, havia muitos recursos para estoirar, como efectivamente aconteceu. Hoje, a administração pública está lotada, os cofres do Banco de Portugal estão bem mais pobrezinhos, os bancos estão sem dinheiro, a população está envelhecida e a única coisa que existe com fartura são dívidas. Os nossos manifestantes bem podem gritar pela queda do governo, por mudanças, prometer o que quiserem. O que têm eles para dar? O que têm eles para oferecer? Dívidas.

Todos dizem que é preciso mudar de política. Mas quem é que quer mudar? Os sindicatos querem mudar? Os políticos querem mudar? Os funcionários públicos querem mudar? Os senhores do Estado querem mudar? Claro que não, todos querem manter as posições que têm. Eles querem que os outros mudem, mas acontece que já não podem. Uns não podem, outros não querem mudar. Eis que chegámos a um impasse no regime. Não é apenas o governo A ou B, os partidos C ou D que estão em crise. É o regime.

Não vale a pena insistir no modelo social europeu. Está falido. Não percam tempo.

"Baixem os impostos e cortem na despesa, mas cortem drasticamente! Limpem a casa e esqueçam o modelo social europeu. O tempo para fazer alguma coisa já se esgotou. Foi ontem" (John Cochrane, conselheiro económico de Mitt Romney, citado pela revista Sábado)

manuelbras@portugalmail.pt

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A colheita da tempestade 


Setembro. Aproxima-se o Outono. É época de colheitas.

Os EUA estão a colher, talvez agora mais do que nunca, uma onda de protestos violentos em quase todos os países muçulmanos - é curioso que os nossos ateus de serviço indignam-se que haja países cristãos, mas já não se importam nada de chamar a estes países muçulmanos.

Este tipo de reacção, previsível para quem conhece o tipo de populações e de cultura em questão, permite que os ocidentais, mais uma vez tenham oportunidade de ver e estudar o comportamento dos muçulmanos quando consideram que as suas convicções religiosas foram ofendidas. Isto é tanto mais importante quanto no ocidente se desprezam, em público e privado, as convicções dos cristãos, incluindo perseguições aos cristãos por ostentarem símbolos religiosos. Onde está a equidade? Onde está a tolerância de que os ateus tanto dizem apreciar? É claro que a tolerância é só para eles, e destina-se a silenciar os outros, neste caso os cristãos.

A superficialidade e o primarismo destes protestos violentos contra embaixadas americanas e ocidentais é evidente, pois que ninguém consegue saber se a origem do famoso filme injurioso para os muçulmanos é americana. E se não for? E se o filme foi realizado e lançado nesses próprios países muçulmanos para atiçar as massas, destruir alvos americanos e demonizar o Ocidente? Aqui temos mais outro sinal de como funcionam as coisas nos países islâmicos.

Esta violência que os EUA, e por tabela todo o ocidente, colhem no Médio Oriente e demais países de maioria islâmica, levada a cabo por movimentos fundamentalistas islâmicos são o curioso resultado da política externa dos EUA nos últimos anos, sobretudo através de uma ingénua expectativa acerca da primavera árabe, considerando que os vencedores dessas mudanças no Egipto, na Tunísia, na Síria, etc, seriam automaticamente amigos dos EUA pelo facto de os terem apoiado na luta contra os anteriores líderes. Nada mais falso.

O curioso é que isto está a acontecer em países cujos regimes foram instalados com a ajuda, mais ou menos directa, dos EUA. Devia dar-lhes que pensar a política de ajudar os movimentos político-religiosos islâmicos.

Vamos ver se Romney-Ryan conseguem pegar correctamente neste assunto e desfazer o mito Obama.

http://www.foxnews.com/world/2012/09/14/violence-spreads-across-middle-east-over-anti-islam-film/

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2012/09/13

Os pobres de Obama 

Quando comparamos a cobertura da imprensa em Portugal da convenção republicana e da convenção democrata nos EUA, a diferença é abissal em favor dos democratas. É o "serviço público". Quem quiser pode comprovar: em quantidade e qualidade. Na convenção democrata qualquer referência mais intimista da srª Obama ao marido é transformada pela imprensa portuguesa num programa político. Mas nós já sabemos como a América é distorcida na imprensa portuguesa e europeia. É um vício incurável.

Outro mito, dentro do mito Obama, é que ele é o "garante" dos pobres. Pois é, olhem os pobres do Obama... são todos pobres.

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Fanatismo? 


E se isto fosse à porta da Clínica dos Arcos? Seria fanatismo?

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A (in)coerência dos animalistas 


O que vale mais na moral animalista?

Não tenho especial interesse por touradas, não sou "aficionado", embora ache muito interessante a arte da cavalaria. Mas, a fixação dos animalistas pelas touradas e o seu desprezo por todos aqueles que diariamente são abortados na Clínica dos Arcos e nos hospitais públicos, tornam-me indiferente perante o seu ruído, que não é mais que hipocrisia.

É caso para lhes dizer: querem acabar com as touradas? Quando as leis que facilitam o aborto forem abrogadas, então podemos falar nesse assunto.

Até lá, não!

manuelbras@portugalmail.pt

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REDUZIR A DESPESA POUPANDO VIDAS E FAMÍLIAS 

Foi noticiado pelo Correio da Manhã que as “Finanças estudam novos cortes nos benefícios fiscais com filhos e ascendentes”, como forma de obter uma poupança de 154 milhões de Euros no orçamento do próximo ano.
Não ignorando a grave crise em que nos encontramos, oferece-nos as maiores dúvidas que as necessárias poupanças a que todos, Estado e sociedade, estão convocados, devam ser realizadas à custa da mais esforçada das instituições sociais, a da família, em particular daquelas que desempenham um papel social mais relevante, tendo e criando os seus filhos (contribuindo assim para a riqueza do país, actual e futura, e o desenvolvimento da actividade económica a contraciclo da presente recessão) e cuidando dos mais frágeis da nossa sociedade.
Acresce ainda que, perversamente, essa medida pode contribuir para uma ainda maior quebra da natalidade, onde recorde-se quase todos os anos atingimos mínimos históricos e cujo impacto para a sustentabilidade do sistema de segurança social e, em última análise, de Portugal têm sido já muito referidos.
Reconhecendo, no entanto, que existe de facto um esforço financeiro que deve ser feito e que todos estamos moralmente obrigados a colaborar com o Governo nesta missão patriótica de diminuir a dívida, saldar o défice e pôr as contas públicas em ordem, vem a Federação Portuguesa pela Vida, chamar a atenção para as poupanças na despesa do Estado que poderiam representar as seguintes medidas que, juntamente com outras que a FPV e as suas associadas têm vindo a apresentar e estão disponíveis para discutir, poderão atingir os 154 milhões que se procura esportular todos os anos às famílias portuguesas com maiores encargos.
Essas medidas são:
1. O fim do financiamento público da prática do aborto legal, na medida em que da resposta que os portugueses deram à pergunta do referendo de 2007 não decorre que o aborto a pedido da mãe, deva ser pago pelo Estado.
2. O fim de todas as benesses sociais, laborais e financeiras, ligadas à prática do aborto legal, nas que se incluem, entre outras, o transporte e alojamento pago às mães e seus acompanhantes que realizam abortos fora da sua área de residência, ou as licenças “de maternidade” e os subsídios relacionados - superiores aos de uma baixa médica -.
3. O fim das condições privilegiadas - únicas - de pagamento às instituições privadas em que se realiza o aborto legal.
Procedendo como acima recomendado o governo português não só reduzirá a despesa pública como assumirá o seu compromisso com o aumento da natalidade e desse modo para a existência de outras pessoas que no decorrer da sua vida contribuirão para a criação de emprego (professores, educadoras de infância, médicos pediatras e obstetras, etc.), para o desenvolvimento da actividade económica e para a sustentabilidade do Estado Social (recordamos que em 2030 as contribuições anuais para a segurança social que o Estado português “aceitou” perder por via das pessoas que não nasceram como resultado do aborto “por opção da mulher” montam já a um valor próximo dos 250 milhões de euros a preços actuais).
Lisboa, 3 de Setembro de 2012

www.federacao-vida.com.pt

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A mensagem de Passos Coelho ou o Estado que pague a crise 

Com a mensagem de 17 minutos ao País, o que quis Passos Coelho transmitir?

Coisas simples.

Que vêm aí mais medidas de austeridade, que vão recair mais uma vez, como quase sempre, sobre o sector privado e sobre as famílias, sobretudo aquelas que mais filhos têm, seja pelo aumento das contribuições sociais de 11% para 18% (o que equivale ao roubo de um mês em quatorze), seja pelos novos escalões de IRS, seja pela quase inexistência de deduções fiscais com despesas dignas desse nome.Sobrecarrega-se o sector privado que alimenta o Estado e o funcionalismo público.

No Estado fica tudo na mesma: a subida das contribuições sociais de 11% para 18% é compensada pela devolução de um dos meses anteriormente cortado.

A única boa notícia é a descida das contribuições sociais das empresas de 23,75% para 18%. Vamos ver se isso tem reflexos na criação de trabalho...

Com o défice do Estado - sempre o Estado... - a derrapar e a lei dos compromissos a ser desobedecida, Passos Coelho comporta-se como qualquer socialista: sobrecarrega ainda mais aqueles que produzem riqueza e não averigua o porquê da gestão danosa do Estado. Não se diz o que causou a derrapagem do défice, nem se apontam os responsáveis. No Estado português é assim: não há responsáveis, tudo acontece impunemente.

Mas, acima de tudo, a mensagem de Passos Coelho à navegação é esta: os senhores do Estado podem continuar com a sua gestão fraudulenta e danosa, com o défice sempre acima do previsto, porque cá está o sector privado para pagar.

É por isso que muitos jovens, por sinal os mais válidos profissionalmente, lhe dizem: adeus Coelhinho, que vou emigrar! Arriscamo-nos a ficar cá com a canga dos aparelhos partidários, que seca tudo à sua volta.

E que tal se fosse o Estado a pagar a crise?

manuelbras@portugalmail.pt

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2012/09/03

Onde é que há-de ser? 


O secretário-geral do PC asseverava há dias que a história do séc.XX não está na Torre do Tombo, mas sim nos arquivos da RTP. Se a RTP for privatizada, o que fazer, onde guardar os arquivos que pertencem à história do séc. XX português?

Ora, era de esperar tudo menos que o sr. Jerónimo se atrapalhasse com esta pergunta. Porque no Partido Comunista existe uma longa experiência do que fazer com os arquivos.

Tal como em 1974 com os arquivos da PIDE, aqueles que não estão na Torre do Tombo, ele bem sabe que a solução é levar os arquivos da RTP para a Praça Lubyanka.

Fácil.

manuelbras@portugalmail.pt

O contributo da esquerda para resolver a crise 

Em toda a Europa a esquerda está motivada e mobilizada para resolver a crise, como é timbre do humanitarismo que apregoam, sempre em favor dos mais pobres e desfavorecidos. O que seria a esquerda sem os mais pobres e desfavorecidos, em especial os dependentes de subsídios e outros rendimentos? É claro que todos esses pobres e desfavorecidos continuarão a ouvir e a acreditar no discurso da esquerda, e pobres e desfavorecidos continuarão, infelizmente.

Mas, desta vez, tanto do governo francês, como da bancada parlamentar do PS, vêm duas medidas imprescindíveis para combater a crise. Amigos, com isto, a crise já foi embora... Podem crer.

http://online.wsj.com/article/SB10000872396390444812704577611741069429410.html?mod=WSJEurope_hpp_LEFTTopStories

http://www.ionline.pt/portugal/parlamento-volta-discutir-adopcao-casais-homossexuais

Por cá, já se percebeu que a aposta do PS é na confusão, como forma de, na prática, conseguir o mesmo com outro nome: co-adopção. Uma preciosidade.

Pobres das vítimas, disfarçadas de crianças, que vierem a ser submetidas a estas aberrações de gente sem miolos.

Não há nada como ter uma mãe e um pai de carne e osso. A lei é esta. Não há outra.

manuelbras@portugalmail.pt

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2012/08/30

"Ocidente" e Pussy Riots 

É tão viciada como ridícula a pretensão da imprensa "ocidental" de condenar a decisão do tribunal russo que condenou o grupo "punk" a dois anos de prisão. Mas, no fim de contas, o que condena o "ocidente" pela boca da imprensa? O facto de serem condenadas por invadirem a Catedral ortodoxa de Moscovo e lá terem feito umas ofensas, palhaçadas e insultos? Ou será que vamos entrar no discurso de que as "jovens", coitadinhas, não insultaram ninguém? Ou condenará o "ocidente" o facto de terem sido condenadas por realizarem uma acção política anti-Putin?

Mas, se queriam uma acção simbólica e política anti-Putin, porque não a fizeram no Kremlin, o centro de gravidade político da Rússia?

Os factos objectivos revelam a intenção, não de atingir Putin, mas sim a Igreja Ortodoxa e, em geral, os cristãos, ou não fosse esse grupo "punk" um reportório do ateísmo militante. Segundo a narrativa da imprensa "imparcial", se um grupo de ateus ataca e insulta os cristãos, é o legítimo exercício de liberdade de expressão. Se os cristãos se defendem e respondem, então isso já é fanatismo e um ataque à liberdade de expressão dos ateus.

Em resumo, a liberdade de expressão funciona sempre a favor dos ateus. Aos cristãos, a única coisa que os ateus fazem o favor de lhes permitir é suportar os insultos: deve ser mais um dos "direitos humanos".

Mas, se as "jovens" são assim tão heróicas e destemidas, porque é que não fizeram as suas "performances" dentro de uma mesquita? Pois é...


manuelbras@portugalmail.pt

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Isto sim, é cultura! 


Por causa de uma corrida de touros em Viana do Castelo, voltamos mais uma vez à interminável discussão do que é cultura e do que não é.

O que nos vale é que temos gente qualificada para nos dizer isso. Senão, como poderíamos saber? Haja alguém que nos ilumine.

Mas, no mundo da cultura, felizmente, nem tudo é discutível. Por exemplo, a Clínica dos Arcos é um desses casos. Ninguém duvida que as suas actividades, inspiradas no mais profundo humanismo, definem por excelência o que é cultura.

Isso, sim, é cultura, e da boa. E quem sabe, paga com os impostos dos portugueses.

manuelbras@portugalmail.pt

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