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2012/10/01

O Inverno Árabe 


Um filme injurioso contra Maomé lançado no youtube, por gente anónima, foi tomado por alguns ou muitos muçulmanos como tendo origem na América ou feito por americanos. Que razões os levam a acusar um país inteiro por algo que qualquer meia dúzia de artistas pode fazer, na América como em qualquer outra parte do mundo, contra Maomé e o Islão? Isto só tem explicação se o filme for o pretexto para destilar o ódio a um inimigo previamente estabelecido. É o caso. Por mais que Barack Obama e Hillary Clinton afirmem que os EUA nada têm a ver com o filme, que o condenam, e que, por imposição constitucional, respeitam todas as convicções religiosas.

Este filme, pelas reacções violentas que desencadeou e continua a desencadear - por quanto mais tempo? - pode ter antecipado o Inverno árabe. É que, com as missões diplomáticas americanas, e de mais alguns países ocidentais, encerradas em países maioritariamente islâmicos, com medo de atentados e ataques que proliferam sem freio perante forças de segurança impotentes - ou coniventes? - o Inverno pode ter chegado. E, com ele, um novo tipo de relação entre o Ocidente e o mundo islâmico... sem missões diplomáticas. E tudo por causa de um filme clandestino.

Vamos ver. Os próximos meses podem-nos reservar coisas interessantes nesta matéria.

Mas, o mais ridículo no meio disto tudo é constatar a compreensão e o silêncio da "comunidade internacional" perante tamanha onda de violência levada a cabo por grupos muçulmanos. Se os visados no filme fossem os cristãos, e depois houvesse protestos, aí já a "comunidade internacional" acharia fanatismo e ataque à liberdade de expressão.

O medo faz maravilhas.

manuelbras@portugalmail.pt

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